Cientistas alcançaram o impossível: criaram uma simulação completa da Via Láctea com 100 mil milhões de estrelas

Uma pesquisa que combinou a física tradicional com inteligência artificial permitiu visualizar cada estrela da nossa galáxia. Cientistas descobriram no México uma baleia rara com presas após cinco anos de buscas Avanço na luta contra o cancro de pele: pesquisadores argentinos criaram uma vacina para o tratamento do melanoma, que já está disponível Distribuição de gás após uma supernova, gerada em simulação. Durante décadas, os astrofísicos sonharam com uma simulação realista da Via Láctea, capaz de modelar o comportamento de cada uma das mais de 100 bilhões de estrelas. Esse sonho, que era considerado inatingível devido às limitações da capacidade computacional, agora se tornou realidade.

Esta conquista pertence a um grupo de investigadores do RIKEN Center for Computational Science, no Japão. O seu trabalho foi apresentado na Supercomputing Conference 2025 e ajudará a compreender a evolução da galáxia. O modelo abrange 10 000 anos de dinâmica galáctica e combina precisão astronómica com eficiência computacional.

Simulação que nos permite compreender a Via Láctea

Até hoje, os modelos de galáxias mais avançados mal conseguiam simular um bilhão de massas solares, representando cada estrela como parte de um grupo coletivo. Essa abordagem excluía eventos isolados, como explosões de supernovas ou a formação de nebulosas, pois os detalhes se perdiam entre valores médios e aproximações. A simulação do comportamento real de cada estrela exigia intervalos de tempo extremamente pequenos, o que aumentava exponencialmente a carga no processador. Segundo os cálculos da equipa, a simulação de um bilhão de anos de evolução galáctica levaria mais de 36 anos de tempo real. Mesmo os supercomputadores mais potentes não conseguiriam fazer isso sem prejudicar a eficiência e o consumo de energia.

A IA resolveu o problema de 100 bilhões de estrelas

A chave para a solução foi a combinação da física tradicional com um modelo de inteligência artificial treinado para reproduzir os efeitos de fenômenos como supernovas. O algoritmo aprendeu a prever a expansão dos gases durante 100 000 anos após essas explosões, o que normalmente requer enormes recursos. Graças a essa técnica, a simulação conseguiu registrar tanto a dinâmica em grande escala quanto eventos isolados, sem sacrificar a produtividade. O resultado foi confirmado por testes cruzados nos dois computadores mais potentes do mundo: o Fugaku, do RIKEN, e o Miyabi, da Universidade de Tóquio. Graças a essa otimização, o tempo de simulação foi significativamente reduzido para 115 dias. Os investigadores observam que essa conquista pode ser aplicada em outras áreas onde interagem escalas muito diferentes, como previsão do tempo, dinâmica oceânica ou sistemas biológicos complexos.

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