Ex-enfermeira foi a julgamento por roubar 21 kg de ouro e 700 pedras preciosas do Banco Nacional do seu país

Quase duas décadas depois de ter recebido do Estado romeno o equivalente a 21 quilos de ouro e mais de 700 pedras preciosas, uma ex-enfermeira de Bucareste está agora no banco dos réus, acusada de ter construído toda a sua fortuna com base em falsificação: certidão de herança falsa, segundo a imprensa local.

O caso, que após uma longa investigação está novamente a ser julgado, diz respeito a moedas antigas, safiras, rubis e diamantes que supostamente pertenciam a um tio rico que, segundo a mulher, foi despojado dos seus bens pelo regime comunista em 1948. No entanto, perícias posteriores revelaram que nem o parente existia — pelo menos nos registos oficiais — nem os documentos apresentados para obter a herança eram autênticos.

Em 2007, a acusada conseguiu convencer o tribunal de que era a única herdeira legítima. A sentença concedeu-lhe o direito de recuperar os bens, que incluíam quase 200 moedas de ouro Carol I e Carol II, centenas de moedas francesas antigas, banos otomanos e várias pedras preciosas de grande valor: uma safira de 27,6 quilates, uma rubi de 15,2 quilates, um diamante de 18,2 quilates e uma coleção de diamantes.

Um ano depois, o tribunal de Bucareste decidiu que o Banco Nacional da Roménia (BNR) deveria pagar-lhe uma compensação financeira, resultando na transferência de 2,26 milhões de leus para a sua conta.

Pouco depois, o Estado romeno interpôs recurso, suspeitando da ilegalidade dos documentos. A perícia caligráfica confirmou que os certificados eram falsos e nos arquivos do distrito de Teleorman não foi encontrada qualquer prova da existência do suposto tio milionário. Com base nessas provas, o Ministério Público classificou os fundos pagos em 2008 como rendimentos ilegais.

A ex-enfermeira agora exige do Banco Nacional uma indenização por danos e prejuízos, o que foi uma reviravolta inesperada no processo judicial, surpreendendo os especialistas. No entanto, o NBR está disposto a devolver os bens ilegalmente confiscados aos seus legítimos proprietários, se for proferida uma decisão final que o justifique.

Os economistas observam que a inflação e os juros acumulados ao longo de 17 anos levam a um aumento acentuado dos valores. Segundo o professor Mihai Roman, os preços aumentaram 2,24 vezes, e as multas legais multiplicam a dívida por 2,5 vezes. O valor atualizado pode ultrapassar os 10 milhões de leus, embora o valor exato seja determinado pelo tribunal, caso o réu ganhe o processo. A primeira audiência está marcada para daqui a três semanas.

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