A especialista antecipou os tons que serão protagonistas. Escolher a cor da cozinha não é um detalhe menor. Ao contrário de outros ambientes da casa, onde basta trocar algumas almofadas ou um tapete para renovar o ambiente, os móveis da cozinha acompanham-nos durante anos e definem o caráter do espaço. A designer de interiores Estíbaliz Martín tem a certeza: «A cor de uma cozinha é um dos pontos mais importantes em termos decorativos. Ajuda a diferenciar espaços ou a unificá-los e dá personalidade a cada cozinha, dependendo da cor ou do material escolhido». Para ela, os móveis podem ser funcionais e até monótonos, mas a cor é a chave para quebrar essa rotina e abrir as portas à criatividade.
Que cores serão usadas nas cozinhas de 2026
Nos últimos anos, a cozinha ganhou calor e personalidade. Segundo Estíbaliz, as cores quentes serão tendência em 2026. «Na gama dos neutros, ver-se-ão muito os beges, areia, cores terra e cinzas quentes», antecipou. Mas nem tudo será neutro: a especialista também aposta em tons mais ousados. «Para dar um toque de contraste, também vêm os verdes oliva, o verde seco e os terracotas, cores outonais e muito da natureza da floresta, que trazem uma sensação de calor e conexão com o natural. Também o azul intenso é outra cor que será muito vista, traz elegância, calma e serenidade».
O branco, um clássico que nunca sai de moda, embora não seja tendência
As cozinhas brancas e em tons neutros são uma aposta segura. Estíbaliz afirmou: «Estas cores dificilmente saem de moda e não cansam tão rapidamente como outras. Se quer que a sua cozinha se mantenha atual a nível estético, estas são as suas cores. Além disso, conferem luminosidade e uma sensação de limpeza». O segredo para que o branco não seja aborrecido? «Muitas vezes, é preciso dar um toque especial com a escolha da bancada, nas suas variantes de materiais, acabamentos e cores», explicou a interiorista.
Como dar personalidade a uma cozinha neutra
Nem tudo passa pela cor. «É possível dar personalidade a uma cozinha em tons neutros com as frentes das portas e gavetas, brincando com relevos e texturas. Os puxadores, neste tipo de cozinhas, são muito protagonistas», destacou Estíbaliz.
Calidez sem abdicar da luminosidade
Um dos receios mais comuns é que uma cozinha branca resulte fria ou impessoal. A especialista explicou: «Os tons claros conferem sempre mais luminosidade. Quanto mais próximo do branco, maior é a luz. Se parecer frio, deve-se procurar um branco menos puro, mais quebrado, ou misturá-lo com tons quentes ou madeiras que proporcionam calor. Também se podem usar as cores em voga: areias, beges, cinzas muito claros e quentes”.
A importância da luz e da funcionalidade
“A cozinha é um espaço de trabalho e de partilha numa casa”, afirmou Estíbaliz. Por isso, recomendou ter em conta os diferentes tipos de luz: “É necessária uma boa luz para cozinhar, que não crie muitas sombras e seja homogénea. Mas também uma luz mais íntima para partilhar um momento de relaxamento. Desde que a cozinha esteja bem iluminada, não há que se limitar na hora de escolher as cores”. Quanto à funcionalidade, a interiorista foi clara: «Não devemos esquecer que a cozinha é um espaço onde a funcionalidade é extremamente importante. As cores muito escuras são pouco gratificantes em termos de limpeza, quase piores do que as brancas. As manchas são mais visíveis. Mas cada um pode dar prioridade à estética e ter a cozinha dos seus sonhos».
